Produtos Artesanais
Da produção caseira à industrial
Dentre os principais produtos lácteos concentrados, o doce de leite é um derivado que apresenta grande consumo no Brasil e em alguns países sul-americanos. A sua origem é incerta, devido à falta de registros históricos confiáveis, sendo disputada por países como Chile, Peru, Uruguai e Argentina.
O que é possível afirmar é que o doce de leite teve suas origens em fabricações caseiras, tendo o desenvolvimento da indústria da sacarose a partir da cana-de-açúcar um papel fundamental no avanço para as produções industriais em larga escala.
Com o seu sabor único e inigualável, não é de se surpreender que este derivado de leite tivesse sua aceitação e ascensão tão proeminentes nos séculos XIX e XX, pois, devido ao acréscimo da sacarose e à elevada concentração de sólidos lácteos, não só os aspetos reológicos do produto passaram a ser admirados pelos sul-americanos, mas também a sua importância nutricional e econômica, pois associou os benefícios nutricionais do leite a uma maior vida de prateleira, proporcionando ainda a distribuição do produto sem a necessidade de refrigeração.
Dentre os principais produtos lácteos concentrados, o doce de leite é um derivado que apresenta grande consumo no Brasil e em alguns países sul-americanos. A sua origem é incerta, devido à falta de registros históricos confiáveis, sendo disputada por países como Chile, Peru, Uruguai e Argentina.
O que é possível afirmar é que o doce de leite teve suas origens em fabricações caseiras, tendo o desenvolvimento da indústria da sacarose a partir da cana-de-açúcar um papel fundamental no avanço para as produções industriais em larga escala.
Com o seu sabor único e inigualável, não é de se surpreender que este derivado de leite tivesse sua aceitação e ascensão tão proeminentes nos séculos XIX e XX, pois, devido ao acréscimo da sacarose e à elevada concentração de sólidos lácteos, não só os aspetos reológicos do produto passaram a ser admirados pelos sul-americanos, mas também a sua importância nutricional e econômica, pois associou os benefícios nutricionais do leite a uma maior vida de prateleira, proporcionando ainda a distribuição do produto sem a necessidade de refrigeração.
Assim como o leite condensado, leite evaporado, leite em pó e o soro em pó, o doce de leite também sofre o processo de evaporação, que consiste na retirada de água do leite a pressão atmosférica ou reduzida, através da transferência de energia na forma de calor com vapor indireto. Esse processo é utilizado com a finalidade de melhorar a conservação e a palatabilidade do produto, reduzindo custos com transporte, armazenamento e estocagem, tornando-o mais atraente para o consumidor.
O doce de leite é o principal produto lácteo, concentrado por ação do calor, produzido por pequenas e médias indústrias de laticínios.
O potencial de exportação deste produto é muito grande, pois os Estados Unidos e a Europa não o produzem. Os inconvenientes à exportação são a resistência dos mercados externos a sobremesas lácteas muito doces, a falta de padronização da tecnologia (principalmente, devido aos problemas que ocorrem durante o armazenamento) e a falta de variedade desta sobremesa. Entretanto, diferentes estratégias estão sendo utilizadas para aumentar a popularidade do doce de leite nestes mercados, como o uso do mesmo na fabricação de sorvetes e confeitos.
A grande dificuldade para a conservação do doce de leite reside na manutenção da textura fina, característica de um bom produto, sem a presença de arenosidade, causada por grandes cristais de lactose que se formam lentamente durante o armazenamento. As soluções apontadas são, muitas vezes, de difícil aplicação ou inviáveis, para a maioria das indústrias.
Muitas frentes de pesquisa acreditam que a fabricação do doce de leite não merece tanto interesse quanto os demais produtos concentrados e desidratados. Porém, com o desenvolvimento das fábricas de doce, a profissionalização das produções, a desvinculação do doce de leite como um produto artesanal, as novas tecnologias que permitem a diminuição do valor calórico do produto (que sempre foi uma das principais barreiras para o mercado consumidor), além dos produtos com maior valor agregado como os doces com sabores (chocolate, morango, café etc.) e doce com geleias de frutas (maracujá, ameixa, morango, amora, pêssego etc.), fazem com que a especialização dos profissionais que atuam no mercado seja cada vez maior.
A barreira que existe entre o desenvolvimento obtido pelas indústrias de laticínios, nas suas diversas áreas de produção, e as fábricas de doce, exclusivamente, parece um abismo a ser vencido pela nova geração de profissionais. Em muitas indústrias de laticínios bem desenvolvidas, com tecnologia avançada para queijos, leites fermentados e outros derivados, encontramos ainda o setor de produção de doce de leite completamente defasado, entregue aos doceiros que desempenham papel fundamental na cadeia de produção, mas que não recebem auxílio ou não possuem um amparo técnico para esclarecer suas dúvidas ou questionamentos.
Conhecer e entender o leite a ser utilizado para a fabricação do doce de leite, saber qual o perfil do produto que se deseja obter ao final da fabricação e ter em mãos as ferramentas necessárias para o controle do processo é o que se deseja daquelas que irão trabalhar no processamento do doce de leite.
Fonte: www.arvoredoleite.org